Animais não Humanos e a Tutela Processual Civil
Mestrado em Direito Processual e Cidadania
Autor: Camilo Henrique Silva
Orientador: Tereza Rodrigues Vieira
Defendido em: 27/02/2014
O ser humano, diante de sua visão antropocêntrica de mundo, utiliza-se dos animais não humanos a milênios, para todo o tipo de atividade, sem qualquer respeito ou limites. Diante da visão biocêntrica e da defesa dos animais não humanos, vozes se levantam na proteção desses seres vulneráveis. Duas correntes dominam tal proteção, a dos bem-estaristas e a dos abolicionistas, capitaneadas por Peter Singer e Tom Regan, respectivamente. Com sólida base filosófica, tais correntes lutam por uma condição melhor aos animais não humanos, impondo e mostrando à sociedade a necessidade de mudança de paradigma. O Direito, por não estar isolado das demais ciências e da sociedade, precisa responder aos novos desafios, inclusive aos tratados nessa dissertação, no sentido de proteger os animais não humanos, tendo, com isso, de alterar sua visão tradicional desses seres. O Direito vê os animais como objeto, bens. Contudo, tal olhar impede a proteção dos animais não humanos, pois dificulta a impetração de ações na defesa de seus interesses. Aliás, interesses muitas vezes com base no direito material. Deste modo, caberá ao Direito a adequação da atual situação dos animais, a fim de responder questões como: Os animais são sujeitos de direito? Os animais não humanos têm direitos? Quais são os direitos? Quem pode ir a juízo defendê-los? Os animais podem processar e serem processados? Esse trabalho, de forma sucinta, tem por objetivo mostrar as teorias ético-filosóficas que embasam os direitos dos animais, como também, sua atual posição e perspectivas nas legislações do Brasil e de alguns países. Por fim, debate sobre a legitimidade e os instrumentos processuais possíveis no ordenamento jurídico brasileiro para a defesa dos interesses dos animais não humanos.
Direito animal. Bioética. Vulneráveis. Meio ambiente.
El ser humano antes de su cosmovisión antropocéntrica, que está en el centro del universo, utilizamos los animales no humanos de miles de años, para cualquier tipo de actividad, sin ningún respeto ni límites. Dada la visión biocéntrica y defensa de los animales no humanos, se han alzado voces en la protección de estos seres vulnerables. Dos corrientes dominan esa protección, el bienestarista y abolicionista, capitaneado por Peter Singer y Tom Regan, respectivamente. Con base filosófica sólida, estas corrientes están luchando por mejores condiciones para los animales no humanos, imponente y mostrando a la sociedad la necesidad de un cambio de paradigma. La ley, sin estar aislado de otras ciencias y la sociedad debe responder a los nuevos desafíos, y el tratado entre ambos en esta tesis, para proteger a los animales no humanos, y por lo tanto cambiar su visión tradicional de estos seres. La derecha ve a los animales como propiedad de objeto. Sin embargo, esta visión impide que la protección de los animales no humanos como sella su ejercicio de acciones en defensa de sus intereses. Por cierto, los intereses a menudo basadas en el derecho sustantivo. Por lo tanto, es por la ley para adaptarse a la situación actual de los animales con el fin de responder a preguntas como: Son los animales sujetos de derechos? Los animales no humanos tienen derechos? ¿Cuáles son los derechos? ¿Quién puede acudir a los tribunales para defenderlos? Los animales pueden demandar y ser demandados? Este trabajo, de manera sucinta, muestra las teorías éticas y filosóficas de los derechos de base de origen animal, así como su posición y las perspectivas de Brasil actual y las leyes de algunos países. Por último, el debate sobre la legitimidad y los posibles instrumentos procesales en el sistema jurídico brasileño para proteger los intereses de los animales no humanos.
Derecho animal. Bioética. Vulnerables. Medio ambiente.