Composição química do óleo essencial de Acmella oleracea in vitro e ex vitro sob crescimento em diferentes faixas espectrais
Mestrado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura
Autor: Diego Baraldi Dedino
Orientador: Glacy Jaqueline da Silva
Defendido em: 29/05/2020
Cultivado e conhecido comumente como jambu ou agrião-do-Pará, Acmella oleracea é uma planta da família ASTERACEAE. Os relatos sobre a sua origem indicam que o local de especiação ocorreu no Peru e no Brasil, mais especificamente na Amazônia. Porém, essa planta é cultivada no oeste da África Tropical, na Índia, na América Central, e em alguns países da Europa. A. oleracea tem chamado atenção devido o seu potencial terapêutico, farmacológico e industrial além da sua grande aplicação em pratos típicos da região norte onde existe a maior área de seu cultivo. O composto espilantol, responsável pelo efeito anestésico da planta e motivo principal de estudos com o OE na indústria ortodôntica. No entanto, este não é o único composto importante encontrado em A. oleracea. O OE de A. oleracea pode fornecer diversos compostos em diversas concentrações. É sabido que o metabolismo secundário das plantas é afetado por vários fatores entre eles a luz, que interfere diretamente na fotossíntese, influenciando o teor e a composição dos metabólitos secundários. Sendo assim esse estudo busca responder se o comprimento de luz de LED vermelha pode provocar alterações na composição química da planta ou até mesmo produzir novos compostos. Portanto, estabelecer o perfil cromatográfico do óleo essencial de Acmella oleracea por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de massa (CG/EM) pode ser de grande auxílio para o mercado industrial e farmacológico. O tratamento 1 consistiu no cultivo de A. oleracea in vitro sob LED de luz vermelha. No tratamento 2, as plantas foram cultivadas sob todos os espectros de luz em BOD; e no tratamento 3, A. oleracea foi cultivada somente em LED de luz vermelha, também em vaso, em BOD. Foi realizada a coleta do material foliar e posterior secagem em temperatura ambiente e após foi feita a extração do óleo essencial por hidrodestilação. Os resultados mostraram os seguintes compostos majoritários do OE: germacreno-D e 2-tridecanone apresentaram maiores picos em T3 com 16,83% e 14,89% respectivamente. O trans cariofileno, apresentou maiores porcentagens quando a planta foi submetida apenas à luz vermelha; o espilantol teve sua maior porcentagem no tratamento 3 com 5,59%. O óxido de cariofileno não sofreu alteração significativa nos três tratamentos, enquanto o 4-epi-cubedol se manifestou com um pico de 27,65% apenas no T2. Observa-se perante este trabalho que diferentes comprimentos de luz não foram suficientes para mudar a composição do óleo essencial, no entanto, esses mudaram sua concentração perante cada tratamento.
Jambu, Óleo Essencial, Cromatografia Gasosa, LED Vermelho
Chemical composition of the essential oil of acmella oleracea in under vitro and ex vitro growth in different spectra bands Abstract
Cultivated and commonly known as jambu or watercress from Pará, Acmella oleracea is a plant of the ASTERACEAE family. Reports on its origin identified the place of occurrence in Peru and Brazil, more specifically in the Amazon. However, this plant is grown in western Tropical Africa, India, Central America and some European countries. A. oleracea has attracted attention due to its therapeutic, pharmaceutical and industrial potential, in addition to its wide application in typical dishes from the northern region, where there is a larger area for its cultivation. The compound compound, responsible for the anesthetic effect of the plant and the main reason for studies with OE in the orthodontic industry. However, this is not the only important compound found in A. oleracea. The A. oleracea OE can supply several compounds in different applications. It is known that the secondary metabolism of plants is affected by several factors, including light, which directly interfere with photosynthesis, influencing the content and composition of secondary metabolites. As this research response study, the length of the red LED light can cause changes in the chemical composition of the plant or even produce new compounds. Therefore, defining the chromatographic profile of the essential oil of Acmella oleracea by Gas Chromatography coupled with Mass Spectrometry (CG / EM) can be of great help to the industrial and pharmaceutical market. Treatment 1 consisted of the cultivation of A. oleracea in vitro under red light LED. In treatment 2, as plants were grown under all light spectra in the BOD; In treatment 3, A. oleracea was grown only in a light red LED, also in a pot, in BOD. Leaf material was collected and subsequently dried at room temperature and after extraction of essential oil by hydrodistillation. The results presented are the following main OE compounds: germacrene-D and 2-tridecanone showed higher peak values in T3 with 16.83% and 14.89%, respectively. The trans caryophyllene presents higher percentages when a plant was submitted only to red light; spilantol had its highest percentage in treatment 3 with 5.59%. Caryophyllene oxide does not change significantly in three treatments, while 4-epi-cubedol manifests with a peak of 27.65% only in T2. Note if this work that different light compounds were not used to change the composition of the essential oil, however, these are changed in their analyzed concentration each treatment.
Jambu, Essential Oil, Gas Chromatography, Red LED