Evidência do papel dos profissionais de saúde no entendimento e auxílio ao controle de infecção hospitalar
Mestrado em Ciência Animal com Ênfase em Produtos Bioativos
Autor: Gabriela Favero Espolador
Orientador: Lidiane Nunes Barbosa
Defendido em: 27/12/2022
O presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento sobre resistência bacteriana e a perspectiva dos profissionais envolvidos na assistência à saúde em um hospital da região noroeste do Paraná. Um questionário foi aplicado aos profissionais de saúde como enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, farmacêuticos e, também profissionais dos setores de atendimento, alimentação e limpeza em relação as características sociodemográficas e econômicas, as principais atividades exercidas, setor de trabalho, tempo de trabalho, utilização de equipamentos de proteção indivídual (EPIs), hábitos de lavagens das mãos, uso de luva, informações sobre acidentes de trabalho, resistência bacteriana, treinamentos e medidas preventivas realizadas por eles. Os profissionais que participaram da pesquisa eram maioria mulheres (80%), com residência urbana (98,2%), idade média entre 18 e 33 anos (53,6%) e ensino médio completo (69,1%). Além disso, a maioria era do setor assistencial (51,8%) relacionado ao atendimento ao paciente (58,6%) com mais de um ano de trabalho no mesmo setor (80,0%) e com renda de até 2 salários mínimos (66,8%). A maioria dos participantes fazem uso de EPI (100%) e quase 80% utilizava pelo menos dois deles. A maioria dos participantes(71,4%) fazia lavagem das mãoes antes e após iniciar as atividades com sabonete líquido (64,1%) e seguindo um protocolo específico do seu setor (94,1%). Em relação aos participantes que manipulam pacientes 54,1% utilizam luvas, e as descartam (73,1%), já em relação ao estetoscópio, a maioria dos que utilizam, faziam sua higienização entre o atendimento de cada paciente (68,2%). Os participantes entendiam que há formas de diminuir a velociadade do surgimento de bactérias resistentes (94,1%), sabiam que o uso indiscriminado de antibióticos (11,8%), associadoa prescrição incorreta (7,7%) e o uso incorreto (31,4%) são algumas das principais causas da resistência bacteriana. Ainda, acreditavam que materiais utilizados na assistência à saude podem conter bactérias resistentes (94,1%), e que a lavagem das mãoes é eficaz para conter as contaminações (89,5%), assim como a limpeza dos leitos (99,1%). Entretanto, 97,3% dos entrevistados acreditavam que suas ações não contribuem para conter a resistência bacteriana e não tem conhecimento sobre os índices de infecção hospitalar (77,7%), ou seja, possuem conhecimento mas, não entendem a importancia de suas ações no ambiente de trabalho para evitar a contaminação e resistência bacteriana. Dessa forma, se faz necessária uma maior conscientização, supervisão e realização de treinamentos eficazes para os funcionários, relacionados a importância de suas ações para evitar o aumento da resistência desses microrganismos, impactando também na redução de contaminações e infecções hospitalares.
Antibióticos. Bactérias multirresistentes. Infecções. Infecções relacionadas à assistência em saúde, saúde unica.
Evidence of the role of health professionals in understanding and helping to control nosocomial infection
The present study aimed to evaluate the knowledge about bacterial resistance and the perspective of professionals involved in health care in a hospital in the northwest region of Paraná. A questionnaire was applied to health professionals such as nurses, nursing technicians, doctors, pharmacists and also professionals in the service, food and cleaning sectors in relation to sociodemographic and economic characteristics, the main activities carried out, work sector, working time, use of personal protective equipment (PPE), hand washing habits, use of gloves, information on work accidents, bacterial resistance, training and preventive measures carried out by them. The professionals who participated in the survey were mostly women (80%), with urban residence (98.2%), average age between 18 and 33 years (53.6%) and complete high school (69.1%). In addition, most were from the care sector (51.8%) related to patient care (58.6%) with more than a year of work in the same sector (80.0%) and with an income of up to 2 minimum wages (66.8%). Most participants use PPE (100%) and almost 80% used at least two of them. Most participants (71.4%) washed their hands before and after starting activities with liquid soap (64.1%) and following a specific protocol for their sector (94.1%). In relation to the participants who handle patients, 54.1% use gloves, and discard them (73.1%), in relation to the stethoscope, most of those who use it, cleaned it between the care of each patient (68.2%). The participants understood that there are ways to slow down the emergence of resistant bacteria (94.1%), they knew that the indiscriminate use of antibiotics (11.8%), associated with incorrect prescription (7.7%) and incorrect use (31.4%) are some of the main causes of bacterial resistance. They also believed that materials used in health care could contain resistant bacteria (94.1%), and that hand washing is effective in containing contamination (89.5%), as well as cleaning the beds (99.1%). However, 97.3% of respondents believed that their actions do not contribute to contain bacterial resistance and are not aware of hospital infection rates (77.7%), that is, they have knowledge but do not understand the importance of their actions in the work environment to avoid contamination and bacterial resistance. In this way, it is necessary to increase awareness, supervision and effective training for employees, related to the importance of their actions to avoid the increase in resistance of these microorganisms, also impacting the reduction of contamination and hospital infections.
Antibiotics. Multiresistant bacteria. Infections. Health related infection. Unique health.