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Pesquisa


O Direto à Saúde e o Dever do Estado na Tutela de Fornecimento de Medicamentos a Pessoas com Câncer

Mestrado em Direito Processual e Cidadania
Autor: Rosana Cristina Jaques Grisa
Orientador: Tereza Rodrigues Vieira
Defendido em: 30/07/2014

Resumo

A Constituição Federal estabelece o direito fundamental à saúde, dotado de eficácia plena e imediata. Assim, a presente pesquisa tem como objetivo analisar este direito sob a perspectiva do dever do Estado no fornecimento de medicamentos de alto custo a pessoas com câncer, não incluídos na lista do SUS e obtidos tão somente por via judicial. A partir da garantia constitucional do direito à saúde e da necessária regulamentação desse direito pelo legislador ordinário, a saúde passou a integrar o mínimo existencial e transformou-se parte fundamental da dignidade da pessoa humana. O direito à saúde pode ser pleiteado em face do Estado por meio do Poder Judiciário, por força do dispositivo constitucional que assegura a aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais. O Estado Brasileiro promove o fornecimento de medicamentos oncológicos pelo Sistema Único de Saúde, através da inserção prévia em listas elaboradas pelo Ministério da Saúde. As demandas judiciais para a obtenção de medicamentos acontecem em face de fármacos ainda não fornecidos de forma ampla pelo Sistema Único de Saúde, o que tem apresentado, nos tribunais de todo país, um aumento de volume muito grande, constituindo o fenômeno de “judicialização da saúde”. Indaga-se se os direitos à saúde – dever do Estado - aqui especificados, mormente o fornecimento de medicamentos de alto custo a pessoas com câncer, somente será tutelado quando instrumentos processuais forem utilizados pelos pacientes. O direito à saúde possui caráter subjetivo, oponível ao Estado, pelos princípios da proibição de retrocesso social do direito à vida e da dignidade da pessoa humana, constitucionalmente garantidos pela Carta Magna.

Palavras-chave

Câncer. Dignidade da Pessoa Humana. Medicamentos. Tutela Judicial.


Abstract

La Constitución Federal establece el derecho fundamental a la salud, dotado de eficacia plena e inmediata. Así, esta investigación tiene como objetivo analizar esto desde el punto de vista de la obligación del Estado en la provisión de medicamentos de alto costo para las personas con cáncer, que se señalan en el SUS y obtenidos exclusivamente por la vía jurisdiccional. De la garantía constitucional del derecho a la salud y la necesaria regulación de este derecho por el legislador ordinario, la salud se unió al mínimo existencial y se convirtió en una parte fundamental de la dignidad humana. El derecho a la salud puede ser reclamado en relación con el Estado a través del Poder Judicial, en virtud de la disposición constitucional que garantiza la aplicabilidad inmediata de los derechos fundamentales. El Estado brasileño promueve la provisión de medicamentos oncológicos por el Sistema Nacional de Salud, a través de la inclusión previa en listas elaboradas por el Ministerio de Salud Las demandas para obtener medicamentos que ocurren ante las drogas no es ampliamente proporcionadas por el Sistema Único de Salud, que ha demostrado, en los tribunales de todo el país, un aumento de volumen muy grande, lo que constituye el fenómeno de la "judicialización de la salud." Uno se pregunta si el derecho a la salud - deber del Estado - se especifica en este documento, en particular el suministro de medicamentos de alto costo para las personas con cáncer, sólo estará protegido cuando las herramientas procesales son usadas por los pacientes. El derecho a la salud tiene carácter subjetivo y exigible frente al Estado, los principios de la prevención de la regresión social del derecho a la vida y a la dignidad de la persona humana, constitucionalmente garantizado por la Constitución.

Keywords

Cáncer. Dignidad de la Persona Humana. Medicamentos. Protección judicial.

Créditos

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