Seshat - Biblioteca de TCC's, Teses e Dissertações

Pesquisa


Potencial antioxidante e antimicrobiano dos extratos aquoso e etanólico da polpa dos frutos de Hymenaea stigonocarpa

Mestrado em Ciência Animal com Ênfase em Produtos Bioativos
Autor: Guilherme Felipe Lopes
Orientador: Ranulfo Piau Júnior
Defendido em: 10/04/2018

Resumo

O estudo de plantas medicinais nos proporcionam uma vasta aprendizagem para o uso associado a medicações hoje conhecidas. Nos últimos anos vem se observando o aumento das pesquisas para produtos derivados destas plantas se mostrando um crescente e promissor mercado. A Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne, uma árvore de nome popular jatobá-do-cerrado, tendo uso comum para o tratamento de problemas respiratórios, como vermífugo, antifúngico e antioxidante. A maioria dos estudos com esta árvore volta-se para a casca e as folhas, porém tem mais uma parte dessa planta que tem uso tradicional, o fruto, este é um legume seco que apresenta frutificação no mês de agosto e é popularmente utilizada para o desenvolvimento de farinha e como antioxidante. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antibacteriana e antioxidante do extrato da polpa do fruto da H. stigonocarpa. Os frutos foram coletados em Uberlândia - MG e os extratos preparados a partir da farinha do fruto, obtendo-se extratos etanólico e aquoso. As concentrações inibitórias mínimas (CIM) foram determinadas frente a Staphylococcus aureus, nas concentrações de 100, 50, 25, 12,5, 6,25 e 3,125%. Para as atividades antioxidantes foram realizados três testes o primeiro é a capacidade antioxidante em sistema modelo de co-oxidação do β-caroteno/ácido linoléico nas concentrações de 1,0; 0,75; 0,5 e 0,25 mg mL-1, tendo sido utilizado o trolox como padrão-referência. O segundo é o método de sequestro dos radicais livre (DPPH), realizado com as concentrações do primeiro procedimento, tendo como controle negativo o metanol. O terceiro método foi o de redução do ferro (FRAP), em que a percentagem de atividade antioxidante foi calculada em relação a uma curva padrão de sulfato ferroso. O valor do CIM foi determinado após 24 h observando a inibição do crescimento bacteriano até 25% para o extrato aquoso e 12,5% para o extrato etanólico, o que sugere uma alta atividade antibacteriana por ambos extratos, sendo esse, por ser produto de um fruto, muito provável a produção de um medicamento fitoterápico sem toxicidade. Pelo método da co-oxidação do β-caroteno/ácido linoleico o extrato etanólico a uma concentração 1 mg mL-1 no tempo de 120 minutos apresentou 71,86% de potencial antioxidante, o extrato aquoso a uma concentração 1 mg mL-1 no tempo de 120 minutos apresentou 66,08% desse mesmo potencial utilizando esse método, classificando assim a atividade antioxidante, como alta. De modo geral o extrato etanólico da polpa H. stigonocarpa apresentou maior capacidade antioxidante pelos métodos DPPH e FRAP, essa diferença pode ser atribuída a diferenças nos componentes extraídos pelo extrato etanólico. Conclui-se que nas condições experimentais avaliadas o extrato etanólico e aquoso de jatobá apresentaram alto potencial antioxidante, também apresentaram alta atividade frente a bactéria Staphylococcus aureus, esses resultados são muito promissores e abrem portas para mais estudos objetivando o desenvolvimento de um medicamento fitoterápico.

Palavras-chave

atividade antioxidante. Fruto. Jatobá. CIM. plantas medicinais.


Title

Antioxidant and antimicrobial potential of the aqueous and ethanolic extracts of the pulp of fruits of Hymenaea stigonocarpa

Abstract

The study of medicinal plants provides us with extensive learning for the use associated with today's known medications. In recent years, it has been observing the increase of research for products derived from these plants showing a growing and promising market. The Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne, a popular name tree Jatobá, having common use for the treatment of respiratory problems, such as vermifuge, antifungal and antioxidant. Most studies with this tree turn to the bark and the leaves, but there is one more part of that plant that has traditional use, the fruit, this is a dried vegetable that presents fruition in August and is popularly used for the development of flour and as an antioxidant. The objective of this study was to evaluate the antibacterial and antioxidant activity of the pulp extract of the fruit of H. Stigonocarpa. The fruits were collected in Uberlândia-MG and the extracts prepared from the flour of the fruit, obtaining ethanoic and aqueous extracts. The minimum injunctions concentrations (MIC) were determined in the face of Staphylococcus aureus, in the concentrations of 100, 50, 25, 12.5, 6.25 and 3.125%. For the antioxidant activities three tests were performed the first is the antioxidant capacity in co-oxidation model system of β-carotene/linoleic acid in concentrations of 1.0; 0.75; 0.5 and 0.25 mg mL-1, the Trolox was used as standard reference. The second is the method of kidnapping of free radicals (DPPH), carried out with the concentrations of the first procedure, having as negative control the methanol. The third method was the iron reduction (fraps), in which the percentage of antioxidant activity was calculated in relation to a standard curve of ferrous sulfate. The value of the CIM was determined after 24 h observing the inhibition of bacterial growth up to 25% for the aqueous extract and 12.5% for the ethanoic extract, which suggests a high antibacterial activity by both statements, being the product of a fruit, very likely the production of an herbal medicine without toxicity. By the co-oxidation method of the β-carotene/linoleic acid, the ethanoic extract to a concentration 1 mg mL-1 in the time of 120 minutes presented 71.86% of antioxidant potential, the aqueous extract to a concentration 1 mg ml-1 in the time of 120 minutes presented 66.08% of this same potential using this method, thus classifying the antioxidant activity as high. In general, the pulp ethanoic extract H. Stigonocarpa presented greater antioxidant capacity by the DPPH and fraps methods, this difference can be attributed to differences in the components extracted by the ethanoic extract. It is concluded that in the experimental conditions evaluated the ethanoic and aqueous extract of jatobá presented high antioxidant potential, also presented high activity in front of the bacterium Staphylococcus aureus, these results are very promising and open doors for further studies aiming at the development of a herbal medicine.

Keywords

Antioxidant activity. Fruit. Jatobá. MIC. Medicinal plants.

Créditos

Menu